Introdução:
Dentre as coisas da vida uma das mais difíceis é esperar e quando o objeto dessa espera é quase uma incerteza por falta de apoio e pela nossa própria incapacidade de fazer, a nossa espera se converte em uma constante e contínua agonia.
A história que a Bíblia narra é ilustrativa da história de muitas pessoas na fila de espera de um milagre que nunca poderá vir. Mas é também a história da diferença que Cristo faz quando entra em cena.
Quando ele chega a incerteza vai embora, a tristeza morre, a alegria preenche todos os espaços da nossa existência.
À luz da história do paralítico junto ao tanque de Betesda queremos mostrar porque Jesus faz a diferença.
1. Jesus é o companheiro dos solitários.
O primeiro aspecto que quero destacar nessa história é a solidão daquele homem. Ele não tem amigos, ele não tem pessoas que se importem com o seu destino, com a sua sorte. Não há ninguém que se importe com ele. Sozinho, impotente, ele não tem como se jogar nas águas o que lhe tirava todas as chances de obter a cura.
Além da desventura da enfermidade, a tristeza de ser solitário, de não ter quem o ajude, de quem se importe com ele. Mas, naquele dia, ele encontra com alguém, que verdadeiramente se importava com ele, que queria saber o desejo do seu coração, Jesus. Jesus, é o companheiro dos solitários, é o amigo que não falha. É aquele que nos acolhe quando todos nos rejeitam. É aquele que olha para nós e mesmo nos vendo mal-cheirosos por estarmos afundados na lama fétida do pecado nos cobre com seus beijos de amor. É aquele que rompe com o isolamento da nossa solidão e que nos abraça calorosamente vencendo a dor do nosso isolamento. Gostaria de ilustrar essa verdade com uma história muito pungente. Havia um homem que vivia pelas ruas de uma cidade. Aparentemente, não tinha onde morar. Todos os dias ele entrava em uma igreja e se ajoelhava e imediatamente saía. O zelador daquela igreja ficava sempre atento à entrada daquele homem pois temia que ele estivesse ali para se apropriar. Durante muito tempo aquilo aconteceu. Finalmente, vencido pela curiosidade o zelador se aproximou dele e falou: - Tenho visto que você vem aqui continuamente e se ajoelha e logo em seguida sai.
Aquele homem, porém, respondeu: - Sou um homem muito simples, não sei fazer orações difíceis, nem muito longas, então, eu chego me ajoelho para Jesus e digo: Jesus, eu sou o Jaime.
Passado algum tempo, aquele homem foi vítima de um acidente e foi internado em um hospital. Com o passar dos dias, a enfermeira que tomava conta daquela ala percebeu que o estado de ânimo das pessoas daquela ala havia melhorado muito. Aquela era uma ala problemática e as pessoas estavam sempre de mau humor, de sorte que uma mudança havia sido operada naquelas pessoas. A enfermeira, se aproximou de um deles e perguntou: - o que está acontecendo por aqui? Ao que um deles respondeu: - É o Jaime ele anda sempre alegre e tem nos animado muito. A enfermeira, ficou curiosa para saber o que acontecia com aquele paciente. Nunca ninguém o visitava, a cadeira reservada aos visitantes ao lado do seu leito estava sempre vazio, contudo, ele não só vivia alegre como também, estava influenciando os outros.
A enfermeira, se aproximou de Jaime e lhe perguntou. Tenho estado a lhe observar e vejo que você está sempre alegre. Jaime, respondeu à enfermeira: é o meu amigo, todos os dias ele vem me visitar, senta-se ao meu lado e me diz: Jaime, eu sou Jesus!
2. Jesus é a esperança dos desesperados.
Aquele homem, vivia equilibrado sobre um fio de esperança: mergulhar naquelas águas. Contudo, dois obstáculos o impediam, ele não conseguia por si mesmo; não havia quem o ajudasse. Sem esses dois fatores a sua chance era nenhuma. Porém, a cada dia ele estava ali, a sua primeira expectativa era ver as águas se moverem. Não era algo que acontecia continuamente, era algo fortuito, em certo tempo. Tinha que se estar atento para ser o primeiro.
Sem poder se mover as suas chances não eram remotas, eram inexistentes.
Trinta e oito anos, sofrendo de um mal. Há quanto tempo ele estava à beira do tanque não se sabe. Provavelmente, deixado ali para que o acaso, o improvável ou o imponderável o favorecesse. Eu fico imaginando o desespero no olhar daquele homem cada vez que aquelas águas se moviam e não era ele que estava ali.
Eu fico pensando na enorme frustração daquele homem ao longo daqueles anos de não poder mudar a sua condição e de não encontrar ajuda para que isso acontecesse.
É nessa circunstância que Jesus o aborda. Jesus, olhou para ele. Jesus viu em seus olhos o brilho de uma pequena chama de esperança que ao longo desses trinta e oito anos se exauria naquela lenta e torturante agonia. Jesus viu no seu rosto o desespero de quem se sentia aniquilado pela sua impotência, pela incapacidade de virar a sua história. Eram trinta e oito anos de uma história em preto e branco, de uma história de enredo triste e sem final feliz.Porém, quando Jesus entra na história daquele homem ela se enche de cor e de brilho. Ele varre a poeira da desesperança para dar a essa história um final feliz. O imponderável acontece, Jesus retira os escombros da impossibilidade, para erguer em volta daquele homem um muro de certeza: o anelo mais profundo do seu coração, com Jesus seria realizado.Jesus, é o único capaz de por fim ao desespero, de reescrever a nossa história, de dar a ela um final feliz. Eu não sei como você está nesse momento. Não sei o que é que o seu coração tanto deseja. Não sei quais são os obstáculos que impedem você de consegui-lo. Mas, assim como Jesus naquele momento olhou para aquele homem e não só sabia da sua condição mas, também, do tempo de agonia em esperar que ele vivia.
Jesus, nesse momento olha para você, Ele sabe do seu coração, da sua dor, do seu desespero, da sua prostração e diz. Levanta-te e anda.
3. Jesus é a cura para o incurável.
Olho para o relato e fico a pensar na situação daquele homem. Para aquele homem a ciência, a medicina da época era incapaz de cura-lo. Não havia remédio, não havia cirurgia, não havia procedimento que pudesse restaurar a sua saúde. Ele precisava de um milagre que a todo dia ele buscava naquele tanque. Mas era um milagre que nunca chegaria para ele. O milagre do tanque era um milagre dos mais ágeis ou dos que tinham muitas pessoas para lança-lo. Não era um milagre para ele, inválido e sozinho.Se Jesus não entrasse na sua história, ele continuaria vivendo o seu drama até a morte. Mas Jesus é aquele que tem poder para curar o incurável, para fazer o impossível acontecer.Não é a doença que tem a última palavra, não é o diagnóstico que tem a última palavra; a última palavra é a de Jesus. Levanta-te e anda.Eu não posso curar o incurável, eu não posso fazer o impossível. Mas Jesus pode. Jesus, está aqui nesse momento e isso é tão real quanto eu estou aqui. Mesmo que você não veja, mesmo que você não saiba, mesmo que você não creia, Ele está aqui. Há quanto tempo você espera? há quanto tempo você anela? Há quanto tempo você anseia? Nessa hora, Ele pode estar dizendo para você queres ser curado? Havia muitos outros enfermos em volta daquele tanque mas, a esperança chegou para aquele. Diga para Jesus, eu não posso por mim mesmo, ninguém pode fazer por mim, que neste dia este lugar seja para mim Betesda, Casa de Misericórdia.
Conclusão.
Se o seu problema é solidão, falta de amigos, se você acha que ninguém se importa com você, Jesus é o amigo que não se esquece de você.
Uma mãe pode se esquecer de seus filhos; o amante pode se esquecer de sua amada. Jesus, porém, não se esquece de você, Ele nunca o abandona. Se você se encontra aflito, se a sua espera é longa, se suas chances são ínfimas ou mesmo nenhuma. Para Jesus não há impossíveis. Não há nada que limite o seu poder, não há nada que Ele não possa fazer, não há nada que impeça o seu querer. Se o seu problema é insolúvel, se a sua causa é sem solução, se a ciência, se os exames, se as circunstâncias são desfavoráveis. Jesus é o sim de Deus.
2 Coríntios 1:20 Porque quantas são as promessas de Deus, tantas têm nele o sim; porquanto também por ele é o amém para glória de Deus, por nosso intermédio.
Lucas 1:37 Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.